quinta-feira, 20 de setembro de 2007

proteína ajudará na cura do câncer


Para que possamos avaliar a importância da nova descoberta da Universidade Hebraica de Jerusalém, é preciso que o ouvinte entenda três pontos básicos sobre tumores e as suas formas atuais de tratamento.
Primeiro ponto: Os tumores só crescem porque são alimentados por vasos sangüíneos criados ao seu redor. Estes vasos são mais permeáveis do que os vasos sangüíneos comuns, ou seja, deixam passar partículas maiores pelas suas paredes.
Segundo ponto: as drogas contra o câncer quando injetadas no corpo humano são atacados por enzimas e outras substâncias antes de chegarem nos tumores, o que diminui a eficácia.
Terceiro ponto: Para curar alguns tipos de câncer é necessário criar uma capsula que proteja as drogas anti-câncer contra o ataque das enzimas. E esta capsula deve ter o tamanho correto, nem muito grande, nem muito pequeno, para atravessar a parede permeável dos vasos que alimentam o tumor mas não consiga penetrar nos vasos sangüíneos comuns.
Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram e isolaram uma nova proteína obtida de uma árvore chamada ÁLAMO. Esta nova proteína, chamada SP-1, permitirá construir micro-cápsulas de medicamentos que atingirão apenas as células cancerosas, deixando intactas as células sãs.
A proteína SP-1 tem a forma circular de um “beiguele” e é estável contra ataques de enzimas, ácidos ou solventes. Ela pode ser reunida em grupos de várias proteínas, formando estruturas de vários tamanhos. Com isto, ela será utilizada para criar um envoltório em torno de medicamentos que combatem o câncer mas que poderiam ser destruídos no caminho até o tumor.
A perspectiva de cura de alguns tumores usando a proteína SP-1 baseia-se no fato que os vasos sangüíneos que alimentam os tumores são muito mais permeáveis do que os vasos que alimentam as células sãs. Com isto, as micro-capsulas de drogas anti-cancerígenas, se tiverem o tamanho correto, penetrarão apenas nos tumores, deixando intactas as células normais. Os pesquisadores da Universidade Hebraica obtiveram êxito em isolar esta proteína e criar cápsulas de vários tamanhos, abrindo caminho para um novo campo de cura do câncer.

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